Cada corrida é uma história e principalmente as corridas longas e importantes como a Asics Golden Four elas colocam ingredientes a mais na história.
No ano passado corri essa mesma prova e durante o percurso uma hérnia inguinal apareceu, o que me afastou das corridas por quase 6 meses, entre cirurgia, recuperação e recuperar a vontade de correr.
E agora estava eu ali novamente desafiando os 21 km.
Toda vez que é dia de corrida e tenho no domingo acordar às 5 horas da manhã me pergunto por que estou fazendo isso, só que nessa corrida tinha de acordar às 4 horas da manhã no último dia de férias escolares e frio foi de refletir muito.
Mas vamos lá!
Foi dada a largada os músculos ainda frios, começo a lembrar de tudo o que fiz e o que não fiz para estar bem preparado.
Em junho quiz desistir, cheguei a ligar para a realizadora do evento, pois eram tantas as preocupações, e o desânimo, que tinha resolvido desistir e pegar o dinheiro de volta.
Mas não dava mais tempo e minha esposa me deu uma bronca por estar pensando em cancelar.
Meus treinos estavam sendo realizados somente na esteira, sem tempo para ir nos corredores da zona norte, nossa assessoria esportiva.
Quando então recebo mensagem do professor Marcelo Avelar:” Gui cadê vc é os treinos? Temos 21no próximo mês”.
Na corrida ou você está preparado ou então boa sorte, principalmente em prova de 21 km.
Passei a realmente me dedicar e não simplesmente correr, senti muita falta dos treinos funcionais.
Ao longo do tempo fui enviando meu treinos realizador para o professor Marcelo, grande campeão é motivador.
Suas palavras, seu exemplo, seu carinho com todos nós!
Tenho de agradecer a minha esposa Juliana pelo apoio, paciência e por me cobrar para treinar!
Ao mesmo tempo estava seguindo o exemplo do Fabiano Borsato, pelo facebook, que tinha traçado nos 21 km das Asics uma mudança de hábitos.
O Fabiano que tive a alegria de reencontra-lo nos corredores da zona norte, ele que foi meu professor dos tempos da R White, da unidade voluntários.
O exemplo dele passou ser a minha motivação, cada post dele me fazia seguir em frente, e agradeço a ele o exemplo.
Cada km foi passando a paisagem mudando, pacaembu, centro, ibirapuera e jockey.
Quando vi a Brigadeiro, pensei em meu pai é toda a sua determinação é exemplo de vida.
No fim da avenida Brigadeiro Luis Antônio, deixei todos os problemas, TOC, preocupações e passei a ter garra para resolvê-los.
No Ibiraquera me emocionei quando pensei em minha família me esperando na linha de chegada!
Nos túneis, em um dia 31/7, perdia a minha mãe.
Minhas pernas doem, como faz falta os treinos funcionais, e como os 10 kilos a mais, que não consegui perder, estão me atrapalhando.
Sabe por que é bom estar em uma equipe? De repente no túnel meio em transe, passa um amigo dos corredores da zona norte e passa incentivando: “Vamo!”
Acordei naquele momento.
Estamos chegando no final, os pés doem e uma discussão tem um ponto final: Guilherme 1 fala para Guilherme 2:” Chupa Guilherme! Não falei que eu conseguia!”
Loco era o Guilherne falando para o próprio Guilherme, estava fazendo auto coaching! E mostrando para mim mesmo que sou capaz de superar eu mesmo.
Agora a arrancada final! Cruzamos a linha final!
A corrida não é só um exercício físico, ela traz resultados no corpo, na mente, na sua vida empresarial, cooperativa, familiar, motiva, une pessoas, etc.
Sem contar que é um momento de grande religiosidade, pois km da corrida é graças a Deus e como no meio das dores chamamos por ele.
A corrida acabou os ensinamentos não!
Ninguém corre por você, assim como ninguém vive a vida por nós! Sem estar preparado você não completa a prova, assim na vida!
E agora? Escolher a próxima!
Já está escolhida São Silvestre.