Depois de algum tempo a médica de plantão me chamou para conversar.
Fiquei assustado, mas sabia qual seria o rumo da conversa.
Ela me explicou que nossa filha tinha todas as característica de uma criança down, dedos dos pés separados, mãos pequenas, olhos puxados, e algumas outras que para dizer a verdade na hora nem estava prestando atenção, minha cabeça estava em outro lugar nessa hora.
Ela acrescentou que só poderia ter certeza com o exame do cariótipo, e quiz saber se eu queria que fizesse, eu perguntei se doía, ela disse que não que era feito pela saliva.
Eu disse quero saber para tirar a dúvida de uma vez e perguntei mas ela está bem? O coração como está?
Ela de pronto afirmou que estava tudo bem, eu respondi que essa era a resposta que eu queria saber, se era ou não down agora não importava.
Fui falar com a Juliana sobre a minha conversa com a médica, e ela me devolveu a pergunta mas ela está bem, eu disse que sim.
No hospital, ficamos perdidos pois todos entravam no quarto e falavam olha como ela é down….
E nos só queríamos saber, mas ela está bem?
Todos os exames autorizávamos, só para saber se tudo estava bem.
Perguntávamos, fizeram o exame do coração ta tudo bem? Tá! Ela tá bem? Tá!
O exame do cariótipo só ficaria pronto em 30 dias.
A primeira coisa que fizemos ao sair de casa foi ir ao pediatra, pois estávamos tão perdidos, confusos, pois agora tínhamos de ter as respostar para saber qual o caminho tomar o que fazer com todas as informações que coletamos.
Ele nos acalmou, fui uma consulta/terapia/amizade, tudo estava bem.
Quem devíamos procurar agora, um médico geneticista e daí dar o início de tudo.
Nos relatou a beleza de um down, seu amor, carinho, bondade.
E que somente pessoas especiais eram escolhidas para receber um benção que é um down.
Famílias especiais, são escolhidas para ter um down! Esse frase confortou meu coração e me dá muita força todos dias.
E o resultado do exame?
Trissonomia do cromossomo 21.